sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Este poema eu fiz para você
Que reclamou a minha ausência
Que reclamou a minha falta
Que reclamou o meu silêncio.

Este poema eu fiz pra te mostrar
Que ainda posso cantar, colher rosas e
pensar em versos.

Este poema eu fiz pra te dizer
Que andei perdida nestes tempos
Me debrucei em precipícios
E duvidei do que era certo.

Este poema é para ser um sussurro
Pousar levemente em sua, a minha mão.
E sem despertar do sono a tua alma,
Avisar serenamente que cheguei.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Juntos em uma tarde outonal.
Quietos. Risadinhas e sorrisos...
Um momento pra alguns floridos versos.
Ali, nasceu meu Amor sem final.

Entre árvores, flores e folhas secas
Era tarde em que o Amor chega mansinho
E instala no peito beleza intrínseca.
Suas palavras, sorrisos, um carinho

Que refresca como brisa do dia
E fina garoa que a alma alumia,
A alegria que já nasce florescente.

Uma tarde tão calma e linda e bela
Não poderia ser tão diferente...
Pequenina que Amo, minha donzela.

Goles de chá

E a avó, imersa na paz do céu azul, deita os olhos nas nuvens, enquanto a netinha corre para lá e para cá, com seu vestidinho branco, puro como a neve, colhendo flores e pulando os arbustos.
- Aiiii!!!
- Falei que você ia se machucar uma hora, vem cá, senta um pouco com a vovó. Sabia que uma vez existiu uma menininha que nem você, qualquer dia eu te conto a história.
- Não vó, conta agora!
- Tá bom, vamos fazer um chá e então eu conto.
- Com bolachinhas! Recheadas!
- Mas onde já se viu tomar chá com bolacha recheada? - diz a avó rindo enquanto abraça a neta que já saiu correndo descalça pela grama do jardim até a cozinha.
Quando chega na cozinha, com certa dificuldade senta na cadeira vendo que a neta já colocou a água para ferver, abriu um pacote de Passatempo e dispôs as xícaras na mesa de madeira velha do sítio.
- Vai vó, conta logo!
- Essa é a história de uma menininha que trabalhava para um circo na Eslováquia, como na história ela não tem nome, vamos chamá-la de Clara, que nem você.
- Tá bom - e corre a neta para desligar o fogão.
- Clara nasceu no circo e desde criança aprendeu a fazer malabarismo, contorcionismo e outras coisas com seus colegas e pais, que eram trapezistas. Era uma criança muito animada, que corria de um lado para o outro toda hora, que nem você, mas sentia falta da amizade de criancinhas iguais a ela. O tempo foi passando, a menina cresceu e virou uma bela mulher, sendo a única atração em meio a um circo de velhos artistas. Estranhos sentimentos passavam pela sua cabeça e também pelo seu corpo. Apresentava em todos os espetáculos, tanto no teatro dos palhaços, como andava na corda bamba, mas nada continha a estranha depressão após cada espetáculo, pois junto com seu corpo formoso, seus desejos cresceram junto com ela. Ela desejava...
Gole de chá.
- Desejava o que vovó?
- Hum? Ah.. desejava ... coisas, sabe? Pensando bem, acho que essa não é uma história boa para você minha neta. Deixe-me contar outra, era uma vez uma pequena sereia, vamos chamá-la de Clara...
- Não! Termina aquela!
Gole de chá.
Suspiro.
Gole de chá.
Silêncio.
Olhares.
- Foi então que ele chegou, contratado para os espetáculos com seu cavalo, diretamente da França, chegou ao circo com seu cavalo e neste instante seus olhos se fixaram em Clara, esta que então compreendeu o que ela realmente desejava e seu corpo pedia por todos esses anos.
- Ela queria andar de cavalo?
- Após seu primeiro espetáculo juntos, Jean-Jacques levou Clara à sua cabana. Seus pais sabiam o que estava para acontecer, e consentiram.
- Vó, você tá me olhando estranho.
- Há, mas na cabana Jean-Jacques também olhava Clara de uma forma estranha. Nunca ninguém dirigiu olhares tão penetrantes para ela, que começou a sentir um estranho calafrio, que logo aumentou quando Jean-Jacques começou a acariciar seu rosto e beijar seu doce pescoço...
- Vó, por que você tá suando?
- ... e em meio a um beijo lascivo em seus lábios...
- O que é lascivo?
- ... passou a descer, acariciando todo o seu corpo com sua barba e Clara teve um prazer nunca antes sentido e...
- Vó..
- ... enquanto seus mamilos inteiramente arrepiados urgiam o toque sutil da língüa ...
- Vó... pára...
- ... sua mão descia até as suas coxas já trêmulas ...
- VÓ!! O que você tá fazendo?
- Ahh.. e Jean-Jacques então... Ah!.. começou a ... a... hum.... ahhhhhhhhhhh... Jean-Jacques..
- Manhê!!!!!