segunda-feira, 19 de maio de 2008

Está no meu silêncio,
na solidão do meu toque,
na minha respiração imperceptivel,
nos movimentos repetidos,
nos pensamentos repetidos.
Ciclico. Não há verdade fora da roda.
E não há verdade na roda.
Simplesmente não há verdade.
Pare.

Entrou arrombando a porta,
quebrando meus sintagmas e paradigmas,
me deixando afonico, torto e quebrado,
Lambendo meus vazios e sugando até me impludir.
Implodo em pedaços meio rosa meio preto,
solto gritos de dor e sua mão.
Solto sua mão.

Você invade e arromba
e vai embora meio expulso,
meio querido, meio amor.
Meia verdade, meio consolo.
Meio existência, meio éter.
Meia presença non grata no recinto.

O salão de festas é fechado para reformas,
pelas reformas.
As vozes se afastam, diminuem e somem.
E ficamos brincando de inventar a roda,
de inventar verdades.
Também preciso de boas mentiras.
Também respiro o mesmo ar viciado.
Pequenos direitos que não sei cobrar.

Nós nem existimos mesmo..
No salão dos cérebros em vidro
nós ficamos em prateleiras diferentes,
sangrando em meio básico e
pensando ácido.
Sem nada físico, sem nada mental,
sem nada... Nem existimos...

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