domingo, 29 de março de 2009

Um domingo qualquer

Um pedaço de sal e suor escorre a boca.
As bocas.
A ilusão da moleza das três da tarde.
Os telefonemas dados, a exclusão, o ignorar.
Fingimos, finjamos, olhares e beijos ultimos.
Eternos talvez.
Um dia acreditaremos.

E sempre falar do mesmo..
Sempre de.. e e..

E há a falta.. de conexão..
.............. de amor..
.............. de razão.

Novos encontros marcados,
beijos dados,
palavras espalhadas pelo vento,
e o tempo, e o espaço.
Perfurando paredes lisas,
duras e (...).

Uma vontede alheia,
uma corrosão alheia a tudo.
E coisas passam, e acontecem,
o mundo gira e giramos nele,
e a cabeça pesa num resto de coração.

Ilusões das três da tarde
de um domingo qualquer,
escondido atrás de memórias 
inexistentes, 
existentes num mundo perfeito.
Um mundo perfeito sonhado.
Sempre falado nos ouvidos surdos.

Ensurdeço ouvidos com um mundo sonhado.
Fico rouco louco e pouco.
E me repito nas mesmas metáforas,
eu sempre o mesmo [infelizmente].

Devo(te)(me) (o) tornar(te)(me) mais óbvio,
tudo deverá ser menos gritante,
tudo sempre deveu ser menos algo.
Os olhos menos olhos,
a boca rouca menos louca,
os pés menos encaixaveis,
encaixotaveis menos encaixaveis.

Se aproxima a hora que não domino,
a hora em que me afogo em futuros,
futuros que nunca existirão, 
a não ser em reticências e elipses.
A hora do final.

2 comentários:

Thais disse...

eu gosto da boca rouca, mas quando louca. e do futuro em reticências, pq ele me faz correr por cada ponto, perdida, distraída, sem contar, só tentando imaginar qual deles será o final.

nd como um domingo qualquer...

beijos,

Amora

www.desfruto.blospot.com

Isabel disse...

Que angustiante...