terça-feira, 11 de março de 2008

A essencia está no não conhecer.
A essencia está no conhecer.
No não conhecer o que gosto.
No conhecer o que gosto.
No não conhecer o objeto.
Objeto. Desejo. Objeto de desejo.
Não sei, só sei que penso,
e que não consigo o contrário.
Não consigo o avesso.
Nem o começo.
Do que parece certo.
Do que parece. Certo.
Saudade do que não tenho.
Saudade do que não tive.
Sonhar com o inexplicavel. Nem tento.
Tocar o impalpável, nem sinto.
Sentir o que não devo, nem toco.
No assunto. Mesmo sem sair dele.
Mesmo mergulhado nele.
Mesmo estando nele.
Mesmo ouvindo ele.
Mesmo tremendo ele.
Nem ouço. Nem nego. Nem afirmo.
Tento, algo estranho.
Faço coisas estranhas, falo.
Sem consequência, esperando.

(Sem final)

2 comentários:

Laurita Danjo disse...

Tenso d+. Gostei.

leogarin disse...

a vida nos faz ser tudo.
Dentro de nós mesmos encontramos a matéria e seu inverso.
O ter e o não ter se completam no que podemos chamar de complexidade individual.
Um universo que significa nossa existência e nossa ausência, nossas certezas e incertezas, nossa ser e nosso não ser.
Mesmo sabendo disso, me pergunto se somos mais definidos pelo o que somos ou pelo q não somos.
A única certeza que fica é que não vamos muito longe sem o mundo coletivo que nos cerca. Definitivamente não seriamos nada sem os outros. Ao mesmo tempo que eles são nosso inferno(como diria Sartre), eles também são nosso paraíso, a razão maior de sermos o que somos ...